Novos Consumidores e Sustentabilidade

As economias da China e da Índia têm apresentado nos últimos anos crescimentos verdadeiramente espectaculares. A esse crescimento económico corresponde o surgimento de uma classe média com poder aquisitivo e necessidades de consumo que obedecem a padrões semelhantes aos que antes só se viam no mundo Ocidental. Estima-se que a China tenha uma classe média de novos consumidores com 400 milhões e a Índia com 240 milhões o que são valores muito importantes. Basta ver que a população total dos EUA é de 299 milhões de habitantes e a população mundial é de 6,5 mil milhões de habitantes. Ou seja, entraram no mercado do consumo em poucos anos 10% da população mundial. Espera-se que esta população e a de mais 17 países em desenvolvimento como são os casos do Brasil, Indonésia, México, Turquia e Rússia dobrem o seu rendimento no espaço de uma década. Isto significa que estamos a assistir ao maior crescimento económico mundial da história.

As economias da China e da Índia têm apresentado nos últimos anos crescimentos verdadeiramente espectaculares. A esse crescimento económico corresponde o surgimento de uma classe média com poder aquisitivo e necessidades de consumo que obedecem a padrões semelhantes aos que antes só se viam no mundo Ocidental.

Estima-se que a China tenha uma classe média de novos consumidores com 400 milhões e a Índia com 240 milhões o que são valores muito importantes. Basta ver que a população total dos EUA é de 299 milhões de habitantes e a população mundial é de 6,5 mil milhões de habitantes. Ou seja, entraram no mercado do consumo em poucos anos 10% da população mundial. Espera-se que esta população e a de mais 17 países em desenvolvimento como são os casos do Brasil, Indonésia, México, Turquia e Rússia dobrem o seu rendimento no espaço de uma década. Isto significa que estamos a assistir ao maior crescimento económico mundial da história.

Estes novos consumidores são ávidos de electrodomésticos, automóveis e carne (além de outros produtos alimentares). Estes três tipos de consumo têm repercussões ambientais enormes. Em primeiro lugar os electrodomésticos consomem quase sempre electricidade com origem em combustíveis fósseis. Em segundo lugar estima-se que os novos consumidores tenham 135 milhões de carros, que representam um quinto da frota mundial, e este valor não pára de crescer. Sabendo que um sétimo do CO2 vem dos carros verifica-se que os impactos são elevadíssimos. Em terceiro lugar, a criação de rebanhos amplia a necessidade de produção de grão para a respectiva alimentação, com um impacto imenso nos recursos hídricos disponíveis e na ocupação do solo agrícola. Com a escassez de grão começa a colocar-se o problema de haver populações mal nutridas com rendimentos insuficientes para competir com os compradores de alimento para gado, que têm clientes com maiores recursos.

A grande questão é de saber se podemos alterar os padrões de consumo das populações de forma a introduzir uma racionalidade ambiental que permita a mais consumidores o acesso a uma satisfação das suas necessidades sem exigir mais do planeta ou dos habitantes mais pobres do planeta. Há quem julgue que estes padrões são muito rígidos, mas a história mostra que por vezes verificam-se sinais de maleabilidade não esperados, como é o exemplo dos 55 milhões de fumadores americanos que deixaram de fumar nos últimos 20 anos.

O desafio mais importante é estabelecer uma norma de consumo sustentável que traga um uso mais eficiente de materiais e energia e possibilite uma redução efectiva e permanente das populações pobres do planeta.

Para consulta do artigo do Professor Norman Myers donde este texto foi extraído ver:

http://www.article13.com/ViewfromtheField/Article%2013%20View%20from%20t...

10/08/2006